sexta-feira, 12 de julho de 2013

Dia de praia


Este dia de praia caiu que nem ginjas. Estar com amigos (alguns deles que já não via há algumas semanas) e e rirmos juntos foi do melhor que me podia ter acontecido nesta altura. 
Apesar do tempo ter estado completamente encoberto e um pouco de vento, até não estava muito frio na praia, e o mar estava uma maravilha, mas como não podia deixar de acontecer, tive de ficar enrolada na minha última onda - tenho uma marca vermelha das costas até à perna como recordação. 
Olhei sempre em redor à esperar de ver uma pessoa, porque estava na parte do areal onde costuma estar com os amigos, mas em vão. Vi os nossos amigos em comum, mas nenhum sinal dele. E se calhar foi melhor assim. Mas depois tiveram de trazer o nome dele, do nada, à tona:

Amiga: Tu e o x têm falado?
Eu: Não desde o fim das aulas.
Amiga: É que ele, na outra noite, não tirava os olhos de ti enquanto estavas divertida a dançar.
Eu: *curto silêncio* Pois, ele de alguma forma deve ter reparado no que me fizeram...
Amiga: Mas o olhar dele não era, como hei-de explicar, de maldade. Nem era *faz um olhar de quem te está a comer com os olhos*.
Eu: Então?
Amiga: Era um olhar doce, querido.

Então aí percebi que afinal ele ainda olhava para mim, e que a razão dos nossos olhares não se cruzarem tantas vezes como antes não era porque ambos tinha-mos deixado de olhar um para o outro, mas porque eu tentava não olhar para ele tanta vez. E aí desejei mesmo vê-lo, mesmo estando ele acompanhado com a namorada. 
Nós podemos não trocar palavras, mas falamos pelo olhar. Podemos não dizer que gostamos de ver o outro sorrir, mas ficamos a observar o brilho no rosto do outro até este acabar ou até o outro se aperceber. E era isso que eu queria ver: um sorriso de alegria na cara dele. Porque tudo o que lhe desejei, e ainda desejo, é felicidade, apesar de ele me ter deixado na miséria e apesar da felicidade dele estar com outra pessoa.

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