sexta-feira, 12 de julho de 2013

Eu e os pressentimentos


Antes de sair de casa tive um pressentimento que me ia cruzar com ele na escola. Cheguei lá e nada. Estava na secretaria, sentada de costas para a porta, quando me viro para trás por ouvir uma voz familiar, e lá estava ele a entrar. Ainda bem que estava sentada porque as minhas pernas teriam ficado como varas-verdes, visto que já mal consegui acabar de preencher o impresso para a segunda fase dos exames. Senti a minha respiração falhar e o meu coração bater descompassado, e não sei ao certo porquê. Tive de respirar fundo e não voltar a olhar para ele, até porque estava lá a namorada a observar. Mas houve uma altura em que tive de o fazer, enquanto ele estava a falar com a senhora que me estava a atender, e ele começou a gaguejar um bocado e até deixou cair qualquer coisa no chão a seguir. Depois disso, mantive o olhar fixo noutros locais até ele sair. 
Eu sou de ficar, por vezes, nervosa e atrapalhada enquanto falo com pessoas desconhecidas, agora ele não é nada desse tipo, por isso não sei. Eu nunca soube nada mesmo. Mas de algo sei: fiquei nervosa quando o vi, o que já não acontecia há meses, mas deve ter sido por causa do pressentimento ter estado correto, porque por mais nenhuma razão seria. 
Só não adivinho a chave do euromilhões.

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